Adolf Hitler sempre foi um grande apreciador da música clássica, tendo interesse e conhecimentos apurados sobre o assunto. Durante a Segunda Guerra Mundial, seu amor pela música não diminuiu, pelo contrário, sua paixão pela arte se tornou uma forma de distração em meio às lutas e ao caos que a guerra trazia.

Foi nesse contexto que surgiu o pianista favorito de Hitler, o músico alemão Gunther Weisenborn. A relação de Weisenborn com Hitler foi obscura, tendo em vista que nunca se soube exatamente o que motivou o líder nazista a se identificar com o pianista. Alguns especialistas acreditam que a habilidade de Weisenborn no piano foi o suficiente para agradar Hitler, enquanto outros enxergam um possível patrocínio do regime nazista por algum interesse político ou estratégico.

Independentemente do motivo, Weisenborn se tornou uma figura chave na tentativa de reerguer a música clássica na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Hitler via a arte como um instrumento de propaganda, e Weisenborn se tornou um dos principais arautos da música clássica no país. O pianista realizou diversas apresentações, tanto em eventos públicos quanto na intimidade dos círculos nazistas.

Mas a relação de Weisenborn com Hitler não foi isenta de críticas. Muitos artistas alemães se recusavam a fazer parte do regime nazista, e a escolha de Weisenborn como o artista favorito de Hitler era vista como uma traição à música e à arte. Além disso, Weisenborn também se envolveu em atividades controversas durante o período de guerra, incluindo a produção de peças de propaganda a favor do regime.

Após o fim da guerra, Weisenborn acabou sendo preso pelas autoridades aliadas e, posteriormente, libertado. Sua carreira como pianista nunca se recuperou totalmente do impacto das críticas e dos escândalos envolvendo sua relação com Hitler. A música clássica, por sua vez, precisou lidar com a sombra do uso político durante a Segunda Guerra e com a necessidade de se firmar novamente como uma arte independente e autêntica.

A história do pianista favorito de Hitler é um retrato complexo das políticas culturais do regime nazista e da relação ambivalente entre a música e a política. Uma trama obscura e controversa que ainda hoje desperta curiosidade e desconforto.